Posts Tagged ‘Ana Claudia Balani’

Especificar as espécies para um projeto de paisagismo é uma das partes que mais gosto do meu trabalho mas que demanda tempo, estudo e pesquisa.

Escolher as plantas dependem de vários fatores. Vocês sabem quais são eles?

 

Luminosidade, clima, adequabilidade ao projeto, necessidade de regas e tipo de solo são sempre os principais itens a serem ponderados.

Cada projeto tem as suas especificidades. O meu último projeto, por exemplo, foi para a ABENE (Associação Beneficente de moradores de nova esperança), através da Residência AU+E.  Uma das especificidades deste projeto de paisagismo era o fato da associação estar localizada dentro da APA (área de preservação ambiental) Joanes Ipitanga Neste caso, além dos fatores que eu listei alí em cima as espécies deveriam ser preferencialmente nativas ou exóticas de ocorrência na APA.

E onde encontrar todas estas informações?

Eu tenho sempre comigo alguns livros de paisagismo onde encontro a maior parte destas informações.

No caso do projeto para a ABENE foi mais difícil, porque a preferência era por espécies nativas da APA e muitas eu nunca tinha trabalhado ou não constavam dos livros que tenho. Durante o trabalho consultei muitos sites e a partir desta minha pesquisa eu criei uma lista com sites bem legais e cheios de informação.

Segue a minha listinha de sites para consulta de espécies:

http://florabrasiliensis.cria.org.br/

http://www.cienciaecultura.ufba.br/agenciadenoticias/noticias/umbuzeiro-simbolo-de-vida-e-resistencia/

http://www.umpedeque.com.br/bkp/site_umpedeque/

http://www.refloresta-bahia.org/br

http://www.arvores.brasil.nom.br/esq.htm

http://www.colecionandofrutas.org/

 

 

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Hoje é o dia nacional do Arquiteto e Urbanista, profissional indispensável para o planejamento das cidades, dos seus vazios, áreas verdes e das suas construções.

Em especial, deixo aqui a minha homenagem aos meus mestres e colegas da Residência AU+E, com os quais aprendi muito nestes últimos 14 meses.

Tivemos muitas dificuldades durante este percurso (que ainda estamos trilhando) de primeira turma de residentes mas graças ao comprometimento e dedicação de todos estamos colhendo bons resultados para a construção de cidades mais justas, com propostas que valorizam a troca de saberes e as necessiades da população.

Para mim isso sim é ser Arquiteto e Urbanista: trabalhar de maneira interdisciplinar participativamente para construir cidades melhores e mais justas! Parabéns!

A lenda do arquiteto

(Efrain Cordero)

Dizem que são seres mágicos, que podem construir casas, cidades e mundos de papel onde rapidamente se pode viver neles. 

Conta a lenda que não dormem, fazendo de sonhos realidade.

Que ninguém os vê trabalhando de dia, somente de noite, fabricando ideias com papeis para que na manhã seguinte estejam terminadas e durem pela vida inteira.

Dizem também que medem entre 1,50 e 1,90 de altura, mas que suas obras alcançam o céu.

Que podem respirar ideias e expelir realidades pela boca.

Que fabricam gigantes em escalas.

Tem o poder de converter papel em concreto, vidro ou metal.

Por isso pensam que são donos da pedra filosofal.

Mas isto é apenas uma lenda. Se alguém por ventura encontrar algum deles, recomenda-se segurar firme para que não escape, pois são seres mágicos, pouco vistos, e nem sempre reconhecidos.

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A palmeira juçara (Euterpe Edulis) é uma espécie nativa da Mata Atlântica que ocorre do Rio Grande do Sul até o sul da Bahia. A partir do seu caule são produzidas ripas e caibros para a construção, além do palmito.

Ela também é considerada uma espécie chave para a manutenção da fauna e da flora da mata atlântica.

A necessidade de preservação desta espécie é urgente e a sua grande exploração para a produção dos produtos citados colocou a palmeira juçara na lista das espécies em risco de extinção.

Hoje estou finalizando as pranchas do meu trabalho final da Residência AU+e e a palmeira Juçara é uma das espécies que estou especificando para o projeto de requalificação do centro comunitário da associação beneficente dos moradores de Nova Esperança (ABENE).

Quer saber mais sobre ela?

Vejam que interessante esta matéria ilustrada publicada no “estadão”!

estadao palmeira juçara

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O Biri Biri é um fruto bem azedinho e comum nos quintais, sítios e terrenos baldios aqui na Bahia. Eu conheci ele em agosto de 2010, quando eu e meu marido fomos com um casal de amigos ao restaurante Paraíso Tropical.

(Cabe aqui fazer um parênteses para falar sobre a delícia que é este restaurante. Ele fica localizado no bairro do Cabula, bairro que não está no roteiro convencional dos turistas. Boa parte dos alimentos utilizados no preparo dos pratos é extraído do pomar do Chef Beto Pimentel, que fica nos fundos do restaurante e tem mais de 40 mil pés de diferentes espécies.

Beto é formado em agronomia e o restaurante foi uma consequência da sua busca por uma alimentação saudável e saborosa. Sinceramente, ele conseguiu. Os pratos são perfeitos e ir ao paraíso tropical, além do prazer gastronômico, é ter uma aula de cultura sobre a variedade de frutos do nosso país.

Como o biri biri é bem azedinho, o chef utiliza o fruto fatiado bem fininho na moqueca. Ele dá um sabor todo especial ao prato e substitui muito bem o limão. Ele também é usado em um molhinho tipo vingrete, bem picadinho.

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Moqueca com Biri Biri fatiado.
Foto: Ana Claudia Balani.

Sempre no final do almoço o restaurante serve como cortesia uma cesta de frutos do pomar.

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Sobremesa: Cesta com frutas tropicais.
Foto: Ana Claudia Balani.

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Detalhe das frutas. Biri Biri, pitanga e outras delícias tropicais.
Foto: Ana Claudia Balani.

Este é um momento bem legal do almoço, porque podemos conhecer um pouco mais sobre cada fruta. O difícil é lembrar o nome de cada uma depois!)

Bom, mas voltando ao Biri Biri! Ele é esta frutinha verdinha comprida, que parece uma miniatura de carambola.

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Frutos do nosso Biri Biri, plantado no vaso.   Foto: Ana Claudia Balani

O fruto é conhecido popularmente como “bilimbi”, “bilimbino”, “limão de caiena”, “caramboleira amarela”, “azedinha”, “limão japonês” e “Biri Biri”.  A semelhança com a carambola não é à toa, os dois são do mesmo gênero, a Averrhoa.  Este gênero possui apenas duas espécias, a A. carambola e A. bilimbi.

Popularmente o fruto também é conhecido por suas propriedades medicinais. Muitas pessoas utilizam o biri biri para ajudar no controle da pressão alta, glicemia e triglicérides.

Em algumas feiras na Bahia é possível encontrar Biri Biri para comprar, mas no geral ele é consumido por quem tem o pé em casa. Justamente pela dificuldade de encontrar esta fruta tenho um pé aqui em casa, plantado em um vaso para limitar o crescimento. O nosso Biri Biri produz o ano todo.

Ficha técnica:

Nome popular: Bilimbi, bilimbino, limão de caiena, caramboleira amarela, azedinha, limão japonês, Biri Biri.

Nome científico: Averrhoa Bilimbi.

Porte: Até 10m de altura.

Cultivo: indicado para regiões tropicais e subtropicais. Prefere clima quente e úmido.

Propagação: sementes ou enxertia.

Flores e frutos: durante todo o ano.

Quer saber mais? Separei alguns links e vídeos bem interessantes sobre o Biri Biri!

Como preparar conserva de pimenta com Biri Biri

Fontes:

Contribuição ao estudo farmacognóstico das espécies medicinais Averrhoa bilimbi L. e Poiretia bahiana C. Muller

Restaurante Paraíso Tropical

Wikipedia – Biri Biri

Bahia rural

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Hoje, na busca por referências de projetos de pergolados e elementos vazados para o projeto final da Residência AU+E, separei este projeto residencial lindíssimo do escritório australiano “wolveridge architects” para compartilhar aqui no blog. Vale a pena conferir!

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Qual a sua pegada ecológica? Quantos planetas terra são necessários para sustentar o seu estilo de vida?

planeta terra

Essas duas perguntas fizeram parte de uma sequência de três aulas que participei na residência AU + E, com o Prof. Dr. Emerson Andrade Sales.

Quero trazer este assunto aqui para o blog e pretendo nos próximos posts mostrar para vocês como isto tem tudo a ver com os projetos de arquitetura e paisagismo.

Para começar, que tal calcular a sua pegada ecológica? Existem vários sites que fazem este cálculo, vou listar dois deles para vocês aqui:

Sua pegada ecológica

Global Footprint Network

Para analizar o resultado, levem em consideração que a área disponível para cada pessoa do planeta é de 1,8 hectares. O teste do Global Footprint vai dar o resultado em quantidades de planetas que seriam necessários caso todas as pessoas do mundo tivessem o mesmo consumo que o seu  e a quantidade em hectares necessária para sustentar o seu estilo de vida.

Quando olhei o meu resultado (1,2 planetas ou 2 hectares) fiquei me perguntando o que eu posso fazer para melhorar isso.

Uma das providências eu já tinha tomado uma semana antes: comecei a levar o material reciclável aqui de casa para o posto de coleta da UFBA. A cidade onde moro (Camaçari) não tem coleta seletiva e sempre senti muito isso, porque quando eu morava em SP tudo ia para a reciclagem. Como vou todos os dias para a faculdade, levar o reciclável para lá foi a solução que encontrei.

E vocês, diante dos resultados dos testes, já pensaram como podem melhorar?

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Eu estou sempre procurando formas de melhorar o blog e publicar projetos e ideias interessantes por aqui.

Escrever no blog requer tempo e nem sempre consigo parar para editar todas as ideias que tenho.

Recentemente recebi a sugestão de criar uma página da “paisagistica” no facebook! Esta ideia foi muito boa, porque lá consigo postar dicas e projetos legais, só que de forma bem resumida.

Quer saber o que publiquei  lá estes dias?

– Reportagem sobre a candidatura de SP para sediar a expo 2020.

Fonte: UOL.

Fonte: UOL.

– Temperos naturais e seus benefícios.

– Link para um filme que mostra problemas do solo e soluções sustentáveis.

– Ideias para decoração de festas.

– Reportagem sobre “demolição invisível”.

– Caminho das Graças, em Canela, Rio Grande do Sul.

– Dicas de onde encontrar informações sobre ervas e hortaliças para plantar na horta em casa.

– Matéria sobre o cultivo de hortaliças na cidade.

Lá tem tudo isso e muito mais! E aí, o que está esperando para entrar, curtir e compartilhar com os seus amigos?!

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Dica do dia: Repelente natural para cochonilha e pulgão.

Misture 100 gramas de sabão de coco ralado com 2 litros de água aquecida. Dilua bem o sabão na água quente. Espere esfriar e, borrife a solução nas plantas. O melhorar horário é no final da tarde.

obs: O sabão de coco em barra também pode ser substituído pelo detergente neutro ou de coco. No caso do detergente, deve-se usar uma colher de sopa para cada litro de água.

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A Aline, dona deste apartamento lindo que vocês verão nas fotos, é uma amiga muito querida.  Ela e o Beto compraram o apartamento na planta e neste últimos anos foram escolhendo cuidadosamente cada detalhe da decoração.

Sempre que conversávamos ela comentava sobre o desejo de ter uma horta e muito verde em casa. Eu fiquei muito feliz quando recebi o convite para ajudá-la nessa missão. Como ela mesma entitulou, nosso projeto se chamou “verde lá em casa”.

pedido Aline

O “verde lá em casa” foi um dia muito agradável. Fui cedo encontrar com ela, fizemos um levantamento de tudo o que ela já tinha de vasos e decorações, conversamos sobre as minhas sugestões e saímos em busca das plantas!
croqui paisagistica
Aos poucos fomos colocando cada coisa em seu lugar. Para mim não existe trabalho melhor do que este. Adoro!
organizacao
No fim do dia, muita gente curtiu as fotinhos da Aline no instagram! Que delícia poder colaborar para que o lar deles ficasse ainda mais aconchegante!
instagran aline
instagran aline 2
A decoração e o paisagismo do apartamento deles também foi tema de um post da blogueira Ana Medeiros, do blog “A casa que minha vó queria”. 
A fotógrafa Aline Silva Ralin foi a responsável por registrar todos os cantinhos do ap! Separei uma foto dela aqui pro blog que registra bem o resultado do “verde lá em casa”.
Foto: Aline Silva Ralin

Foto: Aline Silva Ralin

E como não poderia faltar, as minhas fotinhos dos arranjos com suculentas, que deixaram todo mundo com vontade de ter um igual!

detalhe suculentas

detalhe suculentas 2

Este projeto é mais um exemplo de que sempre é possível encontrar uma maneira de deixar os nossos lares mais verdes, mesmo que seja em um apartamento.  Além disso, desmistifica um pouco a impressão que muitas pessoas tem do projeto de paisagismo. Contratar um profissional para um projeto ou uma consultoria é sempre uma soma com os desejos do cliente e não necessariamente está associado a trocar tudo o que se tem ou gastar muito.

E você, já pensou em deixar a sua casa mais verde?

Entre em contato comigo e solicite já o seu orçamento!

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O final do ano está chegando e nesta época todo mundo quer deixar a casa bonita e arrumada!

Que tal dar uma cara nova para o banheiro sem gastar muito e em pouco tempo?

Estes nichos de madeira são uma ideia  fácil e prática para mudar a cara do ambiente!

Nichos de madeira com pastilhas de vidro no fundo.

Vejam o passo a passo e mãos à obra!

Primeiro é necessário planejar o que será feito.  No caso deste banheiro, projetei 6 nichos e um espelho central.

O próximo passo é comprar o material. Neste caso, utilizamos:

6 nichos de madeira, com fundo. O fundo tinha revestimento branco, então riscamos ele todo para facilitar a aderência da argamassa.

3 placas de pastilhas de vidro. (O tamanho dos nichos deve ser pensado de acordo com o espaço onde será colocado e com a modulação das pastilhas escolhidas).

1 Tesoura.

1 Trena.

Panos de limpeza.

Esponja.

Argamassa para assentar e rejuntar as pastilhas

Água  para preparar a argamassa

1 bacia grande para preparar a argamassa.

Colher de pedreiro para misturar a argamassa

Espátula para passar a argamassa no fundo do nicho e das pastilhas.

Desempenadeira dentada, para finalizar a argamassa no fundo do nicho antes de assentar a pastilha.

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Após projetar, marcamos a parede com fita crepe para facilitar a visualização e a execução.

Marcação dos nichos e do espelho na parede do banheiro.

Em seguida, separamos o material de trabalho.

Com auxílio da tesoura cortamos as pastilhas do tamanho do fundo do nicho.

Para preparar a argamassa reaproveitamos um recipiente existente. Para facilitar, forramos a caixa com uma sacola plástica.

Para preparar a argamassa leia atentamente as instruções do fabricante.

Com auxílio de uma espátula passamos a argamassa no fundo das pastilhas.

Repita o processo no fundo do nicho de madeira.

Em seguida passe a desempenadeira sobre a argamassa.

Agora é a hora de colocar as pastilhas. Neste caso aproveitamos dois recortes para compor o fundo.

Após colocar as pastilhas aperte bem com as mãos. Você também pode usar um martelo de borracha, porém não é muito fácil devido ao tamanho do nicho. Quanto mais “apertar” as pastilhas, mais a argamassa irá preencher os espaços vazios. A parte mais difícil é deixá-las niveladas.

Em seguida, com uma esponja, espalhe a argamassa para que ela cubra os espaços que ficaram sem preenchimento.

A argamassa deve preencher todos os espaços entre as pastilhas.

Preste atenção também no encontro da pastilha com a lateral do nicho.

Deixe secar um pouco a argamassa (5 a 10 minutos) e depois comece a limpar o excesso!

Utilize um pano úmido para limpar o excesso de argamassa. Dê preferência para panos velhos já que depois você não poderá reaproveitá-los.

Depois de limpos os nichos estão prontos. Deixe secando de um dia para o outro.

Fixando os nichos na parede

Pese os nichos com uma balança. Cada um destes que fizemos ficou com aproximadamente 2,5kg. O peso de um para  outro pode variar.

Para fixar os nichos na parede utilizamos uma fita dupla face da 3M. Existem vários tipos de fitas, tanto para interiores quanto para exteriores. Cada embalagem especifica quanto peso a fita suporta.

Você precisa calcular quanto quer colocar de peso dentro de cada nicho. No nosso caso colocamos fita suficiente para que o peso total seja de até 3kg.

Siga corretamente as instruções do fabricante para a fixação da fita.

A fixação na parede é instantânea, então faça tudo com calma porque você terá que acertar na primeira tentativa.

A dica é retirar a fita crepe e riscar com lápis. Assim você sabe exatamente onde vai colar o nicho. Depois é só limpar os riscos com removedor.

Marque com o lápis na parede a posição dos nichos. Nessa hora vale a pena usar régua e esquadro.

Encomendamos o espelho no tamanho desejado. Ele foi fixado com um sistema de trilho, assim parece “flutuar” na parede e não é possível ver o ponto de apoio.

Com um investimento baixo, um bom projeto, muita criatividade e disposição para colocar a “mão na massa”, este banheiro ganhou uma cara nova em poucos dias.

E aí, que tal mudar a cara do seu banheiro?

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